Como calcular um preço justo pro seu Macramê

Olá, minhas queridas artesãs! Tudo bem com vocês? Hoje vamos conversar sobre um assunto que tira o sono de muita gente que trabalha com artesanato, principalmente com o nosso amado macramê: como colocar preço no que a gente faz? Ai, ai, essa é uma dúvida que rende!


Desvendando o Preço Justo do Seu Macramê: Chega de Prejuízo!

Muitas de vocês me perguntam: “Como eu faço para não me sentir mal cobrando pelo meu trabalho? Parece que estou pedindo muito!”. Minha gente, isso é bobagem! A gente coloca tanto carinho, tanta dedicação em cada nó, em cada peça… É mais do que justo que esse trabalho seja valorizado, não é mesmo? Chega de se desvalorizar, de achar que seu tempo e seu talento não valem ouro!

O Segredo para um Preço que te Deixa Feliz (e a Cliente Também!)

Calcular o preço do seu macramê não é nenhum bicho de sete cabeças. E a boa notícia é que, com algumas dicas simples, você vai conseguir chegar a um valor que cubra seus gastos, te dê lucro e ainda seja justo para suas clientes. Afinal, a gente quer vender, mas quer vender direitinho!

1. A Matéria-Prima: Onde tudo começa!

A primeira coisa que a gente precisa colocar na ponta do lápis é o custo da matéria-prima. Sabe aquela linha linda que você comprou? Aquela argola de madeira que deu um charme especial? Tudo isso entra na conta!

  • Linha de macramê: Calcule direitinho quantos metros você usou em cada peça. E não se esqueça de considerar o valor do rolo inteiro e dividir pela quantidade de peças que ele rende.
  • Contas, argolas, galhos, madeira: Anote o valor de cada item que você usa. Se você comprou um pacote com 100 contas, mas usou só 10, divida o preço do pacote por 100 para saber o custo unitário.
  • Outros materiais: Pensou em etiquetas, embalagens, saquinhos personalizados? Coloca tudo nessa conta!

Dica: Compre sempre em maior quantidade quando puder! Muitas vezes, o preço por metro ou por unidade fica mais em conta, e isso ajuda a reduzir seu custo final. É igual comprar linha de bordado no atacado, sempre compensa!


2. Sua Hora Trabalhada: Valorize seu tempo!

Ah, essa é a parte que muitas artesãs esquecem! Seu tempo vale dinheiro, sim! Pense em quanto tempo você levou para fazer aquela peça, desde a ideia até o último nó.

  • Calcule o tempo: Use um cronômetro ou apenas anote mentalmente quanto tempo você gasta em cada etapa. Desde a montagem da estrutura até os detalhes finais.
  • Defina seu valor por hora: Pense em quanto você gostaria de ganhar por hora de trabalho. Pode ser um valor que você se sinta confortável, tipo R$ 20, R$ 30, ou até mais, dependendo da sua experiência.

Exemplo prático: Se você levou 3 horas para fazer um painel de macramê e seu valor por hora é de R$ 25, o custo da sua mão de obra é de R$ 75 (3 horas x R$25/hora).

3. Os Gastos Indiretos: Aqueles que a gente não vê, mas existem!

Aqui entram os gastos que não estão diretamente ligados a uma peça específica, mas que são essenciais para o seu ateliê funcionar. É como a conta de luz para o nosso cantinho, por exemplo!

  • Aluguel do espaço (se tiver): Se você tem um cantinho dedicado ao seu artesanato, mesmo que seja um cômodo da casa, pode calcular uma porcentagem do aluguel ou dos gastos da casa.
  • Contas de consumo: Luz, água, internet – afinal, você usa internet para pesquisar, divulgar, falar com clientes, né?
  • Ferramentas e manutenção: Tesouras, réguas, agulhas, furadeiras… Elas precisam ser compradas e às vezes, trocadas ou consertadas.
  • Divulgação e marketing: Gastos com impulsionamento de posts, criação de logo, fotos profissionais.
  • Taxas de plataformas de venda: Se você vende em marketplaces ou com maquininha de cartão, essas taxas entram na conta.

Como calcular? Faça uma média dos seus gastos mensais com essas despesas e divida pelo número de peças que você produz ou planeja produzir no mês.

4. O Lucro: Porque Ninguém trabalha de graça, né?

Depois de somar todos os custos (matéria-prima + mão de obra + gastos indiretos), você precisa adicionar a sua margem de lucro. É o que vai fazer seu negócio crescer, reinvestir em materiais novos e, claro, te garantir um dinheirinho extra!

  • Defina sua porcentagem: Geralmente, as margens de lucro variam entre 50% e 200% do custo total. Mas isso depende muito do seu produto, do seu público e do mercado. Comece com 50% ou 100% e veja como é a aceitação das suas clientes.

Fórmula Mágica (mas nem tanto!): Preç​o de Venda = (Custo da Matéria-Prima+Custo da Mão de Obra+Gastos Indiretos)×(1+Margem de Lucro em Porcentagem)

Exemplo Final:

Vamos supor que seu painel de macramê teve:

  • Custo da Matéria-Prima: R$30
  • Custo da Mão de Obra: R$75
  • Gastos Indiretos por peça: R$15 (lembra de dividir os gastos mensais pelo número de peças)
  • Total de custos: R$ 30 + R$ 75 + R$ 15 = R$ 120
  • Margem de Lucro desejada: 100% (ou seja, 1)

Preço de Venda = R$120 x (1+1) = R$120 x 2 = R$240

Viu como é fácil? Agora você tem um valor base para começar a vender com confiança!

Mão na Massa, Querida!

Agora que você tem as ferramentas, é hora de colocar em prática! Pegue um caderno, uma planilha, o que for melhor para você, e comece a anotar cada detalhe. Você vai ver como, rapidinho, essa insegurança na hora de precificar seu macramê vai sumir!

Lembre-se: seu trabalho é lindo, único e merece ser valorizado. Não tenha medo de cobrar o justo, porque isso mostra o quanto você acredita no seu talento e na qualidade do que você faz. E cliente que valoriza, volta sempre!

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